top of page

ESTILOS E TÉCNICAS DAS JOIAS DE PIRENÓPOLIS

  • Foto do escritor: ACEAPP
    ACEAPP
  • 20 de out. de 2020
  • 6 min de leitura

Atualizado: 23 de out. de 2020

Mistura de estilos, do Indiano ao Rococó, Pirenópolis criou identidade própria na fabricação de joias artesanais em prata.



A relação da cidade com a produção de joias em prata começou nos anos 1970, com a chegada de jovens de todo o país que fundaram a comunidade hippie Terra Nostra, que aprenderam o ofício em viagens a países de grande tradição na extração e fabricação de joias em prata, e o ensinaram a moradores da cidade.

A prata de Pirenópolis é famosa no Brasil e até em algumas partes do mundo. Mas não é porque essa cidade turística tenha mineração desse metal, e sim porque ela se tornou uma das referências quando se fala na fabricação de joias artesanais.

Você vai postar muito conteúdo atraente. Por isso é importante manter seu blog organizado em categorias que permitem que os visitantes explorem mais os assuntos de seu interesse.


A TRADIÇÃO JOALHEIRA DE PIRENÓPOLIS


Essa história começa na década de 1970, quando a comunidade hippie Terra Nostra se instalou ali. Seus integrantes levaram a arte da produção de peças de artesanato em prata e começaram a ensinar o ofício a moradores da região. O município atingiu uma grande produção em quase uma centena de ateliês. Mesmo depois que a comunidade acabou, as joias continuaram a ser vendidas no Brasil e no exterior, e muita gente que vivia lá passou a levar para outras regiões as características inconfundíveis das peças de joia de prata de Pirenópolis.

Ronisvon Mendes de Morais, mais conhecido como “Roni”, é um dos artesãos mais antigos. Ele aprendeu a mexer com a prata aos 13 anos de idade e nunca mais parou. “Meu irmão trabalhava com a Terra Nostra e montou seu ateliê lá pelos idos de 1982, e eu comecei em 85. As únicas opções de emprego aqui eram em pedreiras de calçamento ou ir para Goiânia, e a prata se tornou uma alternativa para as pessoas ficarem na cidade”, relembra. Além do irmão, ele conta que as irmãs, embora não façam diretamente a criação de peças, também trabalham bastante para o mercado de artesanato de joias em prata, comprovando a importância econômica desse segmento.

Roni é sócio fundador da Aceapp, a Associação Cultural e Ecológica dos Artesãos em Prata de Pirenópolis, que nasceu em 2012 para reunir a categoria e melhorar as condições do negócio. “A entidade foi criada por iniciativa do ourives Marcos Aurélio Figueiredo com intuito de promover os trabalhos em prata e organizar a produção”, explica. Ele calcula que a cidade tenha mais de 150 artesãos em atividade, mas a maioria sempre trabalhou na informalidade, fazendo trabalhos terceirizados para joalherias. “Víamos que muitas peças iam para outros Estados e para o exterior, e queríamos em primeiro lugar fazer uma identificação dos itens fabricados aqui para valorizar o produto, que tem um estilo indiano muito forte herdado dos hippies”, diz. Uma das primeiras ações foi fazer um carimbo com a sigla do ourives, o que já dá uma garantia de qualidade da peça, em contraste com itens que vêm importados do sudeste asiático, que, segundo Roni, são de qualidade inferior tanto na qualidade da prata quanto na da produção, trazendo pedras coladas em vez de engastadas, sem calços e com aros finos e mais fracos. Ele faz questão de lembrar que as peças de Pirenópolis só utilizam prata de lei 925 ou 950 e pedras preciosas de todas as partes do mundo, muitas delas brasileiras.


A prata que os artesãos compram é extraída de equipamentos eletrônicos, reciclada e purificada. Além do estilo indiano, a arte local também bebe na fonte rococó – utilizando muitos detalhes e delicadas filigranas – e no estilo contemporâneo.

(#joia artesanal #IG da Prata #Pirenópolis)



COMO NOSSAS JOIAS SÃO FEITAS


Nossas joias são feitas pelas mãos criativas de nossos joalheiros seguindo processo rigoroso de qualidade e estética aprendido com os primeiros mestres que aquí chegaram em 1980. São produzidas livremente pelos artesãos que utilizam sua criatividade e sensibilidade artística para criarem belas joias. Muitas delas apresentam aspectos regionais, ícones da cultura, fauna e flora. No entanto, a maioria é criada através da experiência e de impressões individuais de cada artesão. Cada joia é desenhada e executada no atelier do artesão de acordo com a técnica e estilo preferido por ele. São produzidas artesanalmente, sendo que o artesão/ourives realiza todas as etapas da produção, que se inicia com o preparo do metal até o acabamento. Além da prata reciclada de 925 e 950 de pureza, utilizada na maioria das joias, empregam-se ainda gemas naturais, como: esmeralda, ametista, topázio, água marinha, diamante, pérolas, ônix, turmalina, dentre outras. Também são produzidas joias em prata utilizando materiais orgânicos na sua composição, como pérola, coral, madrepérola, abalone, marfim, âmbar, coco, sementes, cerâmica, osso, couro e outros na produção de vários tipos de adornos como brincos, anéis, pulseiras, colares, tornozeleiras, pingentes, braceletes e outros. As joias pirenopolinas tornaram-se conhecidas e ganharam admiradores em várias regiões do Brasil e no exterior especialmente em função da sua manualidade, qualidade de acabamento, pureza da prata, originalidade das peças e por ter um “DNA”, ou seja, são reconhecidas por suas características como produzidas por artesãos joalheiros de Pirenópolis. As joias aquí produzidas, são reconhecidas pela sua beleza, durabilidade e requinte no acabamento que pode ser polido, fosco, escovado, rústico ou oxidado. O processo de produção da joia inicia-se com a preparação da prata. Nesta etapa a prata é fundida com ou sem a mistura de outros metais, dependendo da peça a ser produzida porém, nunca abaixo de 925 para continuar sendo considerada joia.


Estando a prata liquefeita, é depositada em um lingote, e em poucos minutos volta ao estado sólido para a próxima etapa; ser submetida ao laminador e/ou fiadeira para ser trabalhada. Após a laminação e/ou fiação na espessura adequada, o artesão passa a desenvolver a joia com o auxílio de várias ferramentas tais como: alicates, tesoura, serrinha, buril (cravação), pinças, tribulê, micrometro, morsa, lima dentre outros na mesa/bancada,

Estilo e técnicas das nossas joias

O chamado estilo Pirenópolis de joias resulta da livre aplicação de técnicas de soldagem e estilos de produção de joias de outras culturas joalheiras, conhecidas pelos mestres artesãos que aquí se estabeleceram, e da habilidade individual de cada artesão que acabou fundindo estilos e criando uma identidade própria para as nossas joias. Estilos como: Rococó, Indiano, Troquel, Liso, Rústico, Filigrana, Fio quadrado, Meia cana, Cravação, Prata calada, Amarração, aprendidos lá fora, foram reelaborados e adaptados ao gosto brasileiro formando o que se considera hoje o estilo típico das joias em prata de Pirenópolis,

ROCOCÓ


Estilo artistico surgido na França no seculo XVIII

Elementos que caracterisam o rococó na ourivesaria: linhas curvas,delicadas, fluidas que transmitem elegância e levesa. Utiliza-se na confecção das joias delicados fios de prata em forma de mola amassadas, fios torcidos e meia bola em prata como adornos da joia.


INDIANO

O estilo indiano de joias prima pelas formas exuberantes e ricamente adormadas em arabescos com fios torcidos e amassados de prata ou ouro e gema preciosa.


LISO

Em ourivesaria significa dar destaque ao desenho moderno de joias privilegiando o metal polido e a gema preciosa sem mais adornos.


RÚSTICO

Estilo que privilegia a beleza da pedra natural bruta, sem lapidação, utilizando o metal para dar formas variadas e detalhes que darão graça à joia.


FILIGRANA

Uma das técnicas mais antigas da joalheria do mundo. Consiste em trançar e curvar fios de ouro ou prata de espessura finissima para preencher as armações produzidas com o desenho desejado pelo ourives.


FIO QUADRADO


Estilo que privilegia o metal laminado em forma de fios ou hastes quadradas e polidas que darão forma à joia. Pode ser utilizando também para dar destaque a gema natural que se utilizará na joia.


TROQUEL

Estilo de joia que se utiliza de molde de metal ou de outros materias para estampar uma chapa de prata com o desenho que se quer dar a uma parte ou ao todo da joia.


MEIA CANA ( ao abaulado, ou arredondado)

Alianças ou anel com formato arredondado na parte externa e plano na parte interna podendo ter uma gema como adorno.


CRAVAÇÃO

Técnica de joalheria que fixa a gema na estrutura do metal. Está relacionada ao tipo de lapidação da gema e o design da peça.



AMARRAÇÃO

Técnica que utilisa fios de metal para dar forma e/ou prender a gema na decoração da joia


PRATA CALADA

Técnica de aplicar desenho em uma chapa de prata e recortá-lo com serrinha de joalheiro. Trabalho que exige atenção e precisão nos gestos do artesão joalheiro


JOIAS COM MATERIAIS DIVERSOS


Prata e coco


Prata e Cerâmica









Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page